terça-feira, 20 de abril de 2010
Wendigo
Rugaru
Peter Matthiessen autor argumenta que a Rugaru é uma legenda separada da do canibal-like Wendigo gigante. Enquanto o Wendigo é temido, ele observa que o Rugaru é visto como sagrado e em sintonia com a Mãe Terra, um pouco como lendas bigfoot são hoje.
Shtriga
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A lenda da Shtriga tem origem na Albânia, mas há lendas que datam da antiga Roma. Trata-se de uma bruxa que se alimentaria de energias vitais de qualquer tipo de pessoa, mas principalmente de crianças, pois tem uma energia vital mais forte. Elas só atacam à noite. De dia pode se passar por qualquer pessoa, principalmente por senhoras de muita idade. É invulnerável a qualquer arma feita por Deus ou pelo homem (exceto nas horas que se alimenta). Mais conhecida como Strix.
Como exterminá-las? Shtrigas são invulneráveis à todas armas de Deus e dos homens, mas tornam-se vulneráveis enquanto se alimentam e podem ser atingidas com metal sagrado, a Prata
A mulher de branco:História tirada de sobrenatural.org
Lilith
Entretanto, ao estudar a espiritualidade hebraica, através da Cabala, nos é ensinado que o grande deus monoteísta não é do sexo masculino, mas é completo em si mesmo, o que existem são divisões de gênero, inclusive é uma insolência lhe dar aspecto humano, pois sua essência é luz pura. E desde quando luz tem sexo?
Mas como sabemos vivemos num mundo bipolar e é por isso que nossa Divina Arquiteta teve a iluminada idéia de semear o amor no terreno fértil de nossos corações, para que pudéssemos andar lado a lado, sempre em casais e nunca sozinhos.
Ao se estudar Carl Jung descobriremos que dentro de cada homem há uma mulher (anima) e em cada mulher há o princípio masculino (animus). Este eterno jogo de yin-yang se ajusta e se completa. Portanto, nenhum indivíduo é inteiramente masculino ou inteiramente feminino.
Cada um de nós é composto dos dois elementos e esses dois constituintes estão freqüentemente em conflito. O princípio feminino ou "Eros" é universalmente representado pela Lua e o princípio masculino ou "Logos" pelo Sol. O mito da criação no Gênesis afirma: Deus criou duas luzes, a luz maior para reger o dia e a luz menor para reger a noite. O Sol como princípio masculino é o soberano do dia, da consciência, do trabalho e da realização, do entendimento e da discriminação conscientes, o Logos.
A Lua, o princípio feminino é a soberana da noite, do inconsciente. É a deusa do amor, controladora das forças misteriosas que fogem à compreensão humana, atraindo os seres humanos irresistivelmente um para o outro, ou separando-os inexplicavelmente. Ela é o Eros, poderoso e fatídico e totalmente incompreensível.
Na natureza, o princípio feminino ou a deusa feminina mostra-se como uma força cega, fecunda, cruel, criativa, acariciadora e destruidora.
É a fêmea das espécies mais mortal que o macho, feroz em seu amor como também com seu ódio.
Esse é o princípio feminino na forma demoníaca. O medo quase universal que os homens têm de cair sob o domínio ou fascinação de uma mulher e a atração que esta mesma servidão têm para eles, são evidências de que o efeito que uma mulher produz num homem é, em geral realmente de caráter demoníaco.
Essa imagem repousa tão somente, na natureza da própria "anima"do homem ou alma feminina, sua imagem interior do feminino. A "anima"' não é uma mulher, mas um espírito de natureza feminina, que reflete as características do lado demoníaco, tanto glorioso, como terrível. Na vida cotidiana o homem não entra diretamente em contato com o princípio masculino duro, predatório, mas encontra-o sob a máscara humana, mediado pela sua função superior.
Mas o feminino dentro dele não é mediado através de uma personalidade humana culta e desenvolvida.
O princípio feminino, a Deusa Lua, age sobre ele diretamente do inconsciente, aproximando-se como um traidor que vem de dentro. Não é de admirar tanto medo e desconfiança!
A HISTÓRIA DE LILITH (Tradição Judía)
Se Eva se acusou de ter atraído a morte, o pecado e a tristeza ao mundo, Lilith já era demoníaca desde que foi criada. Lilith surgiu do intento de compreender a difrença entre os mitos da criação de Gênesis, já que em sus primeira história em Gênesis 1, homem e mulher são criados iguais e conjuntamente, enquanto na segunda história, em Gênesis 3, a mulher é criada depois do homem e a partir de seu corpo. Segundo as lendas, Lilith era a primeira esposa, que era bem pior que a segunda. No entanto, a figura escolhida para desempenhar esse papel na lenda judia era originariamente suméria, a resplandecente "Rainha do Céu", cujo nome "Lil" significava "ar" ou "tormenta". As vezes se tratava de uma presença ambígua, amante dos "lugares selvagens e desabitados", associada também com o aspecto obscuro da Deusa Inanna e com sua irmã Ereshkigal, Rainha do Mundo Subterrâneo". Aparece pela primeira vez no poema sobre Inanna, quando o herói Gilgamesh tala a árvore de Inanna:
"Gilgamesh golpeou a serpente que não podia ser encantada.
O pássaro Anzu voou com suas crias às montanhas;
e Lilith aniquilou seu lar e retirou-se aos lugares selvagens e desabitados."
"Lil" também era a palavra sumero-acádia que designava a "tormenta de pó" ou "nuvem de pó", um termo que também se aplicava aos fantasmas, cuja forma era uma nuvem de pó e cujo o alimento era supostamente o pó da terra. Na língua semítica "liliatu" era então "a criada de um fantasma", porém prontamente se fundiu com a palavra "layil", "noite", e se converteu em uma palavra que se designava a um demônio noturno.
A "lílít" do texto hebraico se traduz na versão grega de Septuaginta e por Lamia na Vulgata latina de São Jerônimo. As "lamiae" são muito conhecidas nas tradições gregas e latinas, como monstros voadores noturnos, que sempre aparecem sob o aspecto de pássaros. A maioria dos autores, afirma que as lamias são monstros femininos que devoram homens e crianças. Portanto, as lamias e Lilith têm muitos pontos em comum e foram convertidas em "vampiras".
No mito hebreu, Lilith, portanto, acumulou sem descanso todas as associações à noite e à morte. é possível que a imagem hebréia de Lilith se baseasse nas imagens de Inanna-Isthar como Deusa das grandes alturas e de grandes profundidades, porém, compreensivelmente rebaixada ao ser percebida desde o ponto de vista de um povo deportado à BABILÔNIA.
Só há uma referência à Lilit, como coruja, no Antigo Testamento. É encontrada no meio de uma profecia de Isaías. No dia da vingança de Yahvé, quando a terra se envolverá num deserto,"e um sátiro chamará o outro; também ali repousará Lilith e nele encontrará descanso." Inanna e Isthar eram chamadas de "Divina Senhora Coruja" (Nin-nnina Kilili). Isso pode explicar de onde provêm Lilith e porque era representada como uma coruja.
Uma versão da Criação de Lilith na mitologia Hebréia conta que Yahvé fez Lilith, como a Adão, porém no lugar de usar terra limpa, "tomou a sujeira e sedimentos impuros da terra, e deles formou uma mulher. Como era de se esperar, essa criatura resultou ser um espírito maligno". Lilith se converteu a posteriori na primeira esposa de Adão, cuja presença original nunca terminou de eliminar-se totalmente de de seu segundo matrimônio. O que falhou no primeiro foi obviamente a independência de Lilih e sua igualdade com Adão, por isso depois criou-se Eva. Em conseqüência, a lenda tacha de insubordinação a atitude por parte de Lilith, pois, segundo a história, se negava a aceitar seu "lugar apropriado" que aparentemente era permanecer debaixo de Adão durante a relação sexual:
-"Porque teria que ficar debaixo de ti quando sou tua igual, já que ambos fomos criados de barro?", pergunta ela.
Adão não sabe contestar essa pergunta, de maneira que, pronunciando o nome mágico de Deus e Lilith se foi voando pelos ares até o Mar Vermelho. Ali dá à luz a mais de 100 demônios por dia
Adão fala de sua esposa a Yahvé, e esse enviou a sua procura os três anjos Senoi, Sansenoi e Samanglof, que a encontraram nas margens do Mar Vermelho, onde mais tarde as tropas egípcias seriam engolidas por ordem de Moisés.
Lilith se negou a voltar a ocupar seu lugar junto de Adão e ameaça dizendo que possui poder de matar crianças. Então os anjos tentaram afogá-la no Mar Vermelho, porém Lilith advogou em causa própria e salvou sua vida com a condição de jamais causar dano a uma criança recém-nascida de onde viera seu nome escrito.
Finalmente Yahvé deu a Lilith, Sammael (Satã), e ela foi a primeira das quatro esposas do diabo e a perseguidora dos recém-nascidos.
Mas, em conseqüência dessa fala, a ordem divina se converteu no centro de todas as fantasias de terror que provoca a sensação de indefesa. Lilith poderia aparecer em qualquer momento da noite, ela ou algum de seus demônios, para levar uma criança, aterrorizando os pais dos pequenos. Podia também possuir um homem durante o sono. Esse constataria que havia caído debaixo de seu poder se encontrasse restos de sêmen ao despertar. É difícil evitar concluir que Lilith se converteu em uma imagem de desejo sexual não reconhecido, reprimido e projetado sobre a mulher, que se converte em sedutora. Por todos os lugares foram encontrados amuletos contra o "poder" de Lilith.
Através da figura de Lilith, na cultura hebréia, a divisão e polarização próprias da Idade do Ferra da Grande Mãe em seus aspectos, a Deusa que dá a vida e a Deusa que atrai a morte, é levada um pouco mais longe. Ao terror do sofrimento inexplicável que pode manifestar-se sem aviso prévio e se insere uma dimensão nova da demonização da sexualidade.
O mito em Gênesis, estabelece que é a infração do mandamento de Yahvé, e não a sexualidade, a causa da expulsão do Paraíso à condição humana; e o conhecimento do bem e do mal, que alcançaram através da desobediência, tampouco se pode explicar em termos de conhecimento sexual. No entanto, tanto a desobediência como o conhecimento se associaram com a sexualidade porque a primeira coisa que Adão e Eva "viram" quando "seus olhos se abriram" foi que estavam nus. Antes disso, andavam nus e sem vergonha. A nudez, portanto, se converteu em sexualidade pecaminosa, especialmente quando a serpente fálica entra na especulação teológica. Em certas ocasiões a serpente era identificada como Lilith e se desenhava a serpente com um corpo de mulher, interpretando-se que a dita criatura era Lilith. Outras vezes a serpente tinha um rosto como o de Eva. Por esta razão, uma percepção da sexualidade como algo "não divino", invade as lendas de Lilith como aspecto escuro de Eva.
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Mas, o papel de Lilith parece não terminar quando se une a Satã, aliás, muito pelo contrário. Segundo Zohar (Hhadasch, seção Yitro, p.29), depois participa da perdição de Adão, ao qual Yahvé (Jehová) concede como segunda esposa a Eva, nascida da sua própria costela, ou seja, à imagem do homem, o reflexo do homem, ou a imagem castrada de Adão. "Depois de que o Tentador (Sammael) houvera desobedecido ao Santíssimo, bendito seja, o Senhor o condenou a morrer". A Cabala faz eco desta tradição (Livro Emek-Ammelehh, XI), que Sammael será castigado: "Esse dia, Yahvé visitará com sua terrível espada a Leviatã, a serpente insinuante, que é Sammael, e a Leviatã, a serpente sinuosa, que é Lilith.
Esse texto nos diz que tão somente Lilith está incluída no castigo junto com Sammael e não as outras três esposas e que, Lilith também apresenta o aspecto de serpente. O que se conclui é que Lilith está reprimida no inconsciente e, quando surge, coloca a sociedade paternalista em xeque. Assim, quando Eva convida Adão para comer a maçã, é das mãos de Lilith que a receberá.
LILITH, MÃE DE ADÃO?
Pode parecer até exagerado achar que Lilith foi mãe de Adão, mas Adão tinha que ter uma mãe, senão não seria humano. E, se Adão não conheceu uma mãe material, deveria ter a imagem dela para si mesmo. Talvez seja por esse motivo que o nome de Lilith tenha desaparecido do texto oficial da Bíblia. Estaria em desacordo com as normas cristãs Adão ter uma mãe e essa mãe ter sido sua esposa. E a rejeição de Lilith pela companhia de Adão, não poderia ser interpretada como um desmame? De todas as formas, a equivalência de esposa e mãe existe. "A noção de proibição havia sido deslocada do jogo genital ao feito de chupar o peito (comer a maçã)... O verdadeiro sentido é: "podemos comer da maçã, porém está proibida para o filho que tenha contato sexual com sua mãe"...
Quem é Lilith então? Para Adão é um primeiro objeto de amor, do qual deve acordar-se e descobrir seu sexo." Ou seja, Lilith representa o primeiro estágio de desenvolvimento de Adão, chamado matriarcal e governado pelo arquétipo da "mãe", que será seguido pelo estágio patriarcal, no qual o arquétipo do pai será dominante. A expressão "estágio patriarcal" significa que Adão alcançou um nível de desenvolvimento do ego e da consciência no qual se dá uma importância crescente à vontade, à atividade, ao aprendizado e aos valores transmitidos pelo mundo. Entretanto, sem a separação, que levará Lilith para longe, Adão não poderia se desenvolver e se tornar adulto. Mas nessa transição da fase matriarcal para a patriarcal, o arquétipo anteriormente dominante da mãe é constelado de tal modo que seu lado "negativo" aparece. O arquétipo da fase a ser superada aparecerá como a "Mãe Terrível". Lilith começa então a provocar medo, porque representa o elemento que "reprime" e que dificulta o desenvolvimento necessário e devido. Por isso é transformada novamente na serpente é a antítese da energia ascendente do desenvolvimento do ego, tornando-se então, símbolo de estagnação, regressão e morte.
Lilith com rabo de serpente era a imagem da divindade andrógina, antes da criação, ou seja, antes do aparecimento do desejo, antes da separação do ser primitivo e absoluto, portanto, equivalente ao nada, de acordo com as teses de Hegel. Essa imagem representa a reminiscência da Lilith primitiva. Porém ela se converteu em pássaro noturno e alçando vôo desapareceu entre as trevas. Sua segunda forma, como corresponde a uma imagem desprovida de elementos terrestres, é uma forma para ficar na memória. O mito não é teológico, é essencialmente social. Em uma sociedade paternalista, Lilith é reprimida para dar lugar a Eva. Portanto, Eva representa a mulher moldada pelo homem.
Eva, entretanto, é uma mulher incompleta, lhe falta algo: o aspecto de Lilith que toma as vezes, quando se rebela, o aspecto que irá tomar Eva ao comer a maçã.
A Eva, como mulher, está totalmente alienada, não é nada mais do que a imagem castrada de Jehová e de Adão e não a imagem da parte feminina de Deus. Eva é uma mulher muda, a sombra de uma mulher, quase um fantasma. A mulher real é Lilith.
LILITH, O LADO ESCURO DA LUA
Cuidadosamente apagada da Bíblia cristã, Lilith permanece como símbolo de rebelião à repressão do feminino na psique e na sociedade. O mito Lilith mostra bem a passagem do matriarcado para o patriarcado.
Tanto na literatura ortodoxa como na apócrifa, a sombra de Lilith seguiu cercando as mulheres até o século XV d. C. Nessa época, e utilizando as mesmas imagens incorporadas em Lilith, milhares delas foram acusadas de copular com o demônio, matar crianças e seduzir homens, ou seja, de serem bruxas.
Textos da literatura judia de fontes apócrifas, não incluídos no canon ortodoxo do Antigo Testamento, contêm passagens como a seguinte:
"As mulheres são o mal, filhos meus: como não têm o poder nem a força para enfrentar o homem, usam truques e intentam enganá-lo com seus encantos; a mulher não pode dominar pela força o homem, porém o domina mediante a astúcia. Pois certamente a anjo de Deus me falou sobre elas e me ensinou que as mulheres se entregam mais ao espírito de fornicação que o homem, e que tramam conspirações em seus corações contra os homens; com sua forma de adornar-se primeiro lhes fazem perder a cabeça, e com uma olhada inoculam o veneno, e logo durante o próprio ato os fazem cativos; pois uma mulher não pode vencer o homem pela força. Assim que evitai a fornicação, filhos meus, e ordenem a vossas esposas e filhas que não adornem suas cabeças e seus rostos, pois a toda mulher que usa truques desse tipo estará reservado o castigo eterno".
Esse exemplo nos mostra como um mito, se for entendido e concebido de forma literal, pode criar um prejuízo e converter-se em uma doutrina que se declara a si mesma uma verdade divinamente revelada. É conveniente lembrar que Jesus não aprovou nem o mito nem suas implicações, nem os costumes patriarcais referentes as mulheres, muito pelo contrário. Foram transmitidas ao Novo Testamento através dos escritos de Pablo, e assim fizeram sua entrada na doutrina formal cristã.
LILITH E ADÃO/EVA
Enquanto Lilith é descrita como forma negativa, Eva, ao contrário, é apresentada em suas belezas e ornamentos. Adão não a recusa por vê-la como ossos dos seus ossos. Mas Eva carregará a culpa pela perda do paraíso.
E, esta é a informação que nos é passada pelo catolicismo, isto é, que a mulher possui uma imperfeição inerente, devida a sua natural inferioridade e sua incapacidade de distinguir o bem do mal. Tais afirmações foram codificadas no psiquismo feminino, fazendo com que todas as mulheres se tornassem estigmatizadas com esta identidade negativa. Foi deste modo, que o feminino se viu reduzido ao submisso e ao incapaz. A submissão foi então, imposta culturalmente a todas as mulheres, que distorceu intencionalmente os aspectos femininos, com o intuito de reprimir e estabelecer uma sociedade patriarcal.
Lilith, portanto, desobedece à supremacia de Adão, Eva, assumindo seu arquétipo Lilith, desobedeceria à proibição. Lilith, nada mais é, do que o lado sombrio de Eva, daí o porque das qualidades terríveis que são atribuídas a ela. Todo mal que lhe é atribuído está em sua desobediência, ao seu "não" a submissão.
Criada ao pôr do sol, Lilith é noturna, e por isso lhe foi atribuída a qualidade de vampiro. Lilith, ou as projeções do mito eram descritas em suas características eróticas, sensuais, mas quase sempre misturadas com características horrendas, partes animalescas, sobretudo nas extremidades.
A tradição de Lilith é a tradição da rejeição à Adão. O não de Adão, como já observamos, deveu-se não só ao caráter demoníaco de Lilith, mas também a exigência do desenvolvimento do ego de Adão.
A serpente-demônio, ou o próprio demoníaco que existe em Lilith, impele a mulher a "fazer algo" que a sociedade paternalista não permite.
Lilith é o arquétipo da mulher indomada, que luta apaixonadamente pelo poder pessoal. Suas características são destemor, força, entusiasmo e individualismo. Ela é atividade e exuberância emocional. Para as religiões patriarcais, é a personificação da luxúria feminina, uma inimiga das crianças que atua de noite, semeando o mal e a discórdia. Em Isaias, ela é chamada de "a coruja da noite". No Zohar, é descrita como "a prostituta, a maligna, a falsa, a negra".
Lilith aparece em nossas vidas para nos dizer que é hora de assumirmos o nosso poder. Você tem medo de assumi-lo? Você é daquelas pessoas que não sabem dizer "não"? Tem medo de perder sua feminilidade se tiver o poder em suas mãos? Você teme ser afastada(o) ou banida(o) pelos outros quando estiver em exercício de seu poder? Está com medo de fazer mau uso dele, dominando ou manipulando os outros? Lilith diz que, agora, para você, o caminho da totalidade está em reconhecer que não está ligada ao seu poder e, então, em segundo lugar, submeter-se e aceitar este poder.
RITUAL DE PODER
CERIMÔNIA DE CORTAR A CORDA
Este ritual é excelente, eu já o realizei e consegui ativar poderes interiores antes, totalmente ignorados. Você deve realizá-lo de acordo com o ciclo lunar. O tempo certo para você colocar as cordas é um dia depois da entrada da LUA CHEIA (sempre à noite). Para cortá-las é no dia em que entra a LUA NOVA (sempre à noite). Cuide para não errar a lua, pois pode fazer muita diferença!
Para esta cerimônia você precisará de uma corda ou barbante, uma tesoura e um queimador de incenso e um caldeirão ou uma fogueira. O ritual pode ser feito a sós ou com um grupo de pessoas.
Deverá ter em mente três situações em que foi-lhe solicitado o uso de poder, mas você não conseguiu exercê-lo, por medo, insegurança, crenças ou qualquer outro motivo. Em seguida agende a data para colocar as cordas.
Você deve traçar um círculo (com pedras, sal ou o que achar melhor). Abra os portais e peça gentilmente que seu animal de poder esteja presente. Quando estiver pronta(o) pegue a corda e corte do tamanho que corresponda ao lugar do corpo que pretende amarrá-la. Por exemplo, se você está com algum bloqueio que a (o) está impedindo de caminhar com todo seu poder, você deve amarrar a corda em torno dos tornozelos. Se você estiver com problemas de expressão, deve amarrá-la na garganta. Se tem medo de que a sua sexualidade a(o) impeça de manifestar o seu poder, amarre a corda nos quadris. No momento em que estiver amarando a corda, afirme o significado dela. Durante os dias que separam a colocação e o corte das cordas, você deverá diariamente concentrar-se em cada uma delas e no que elas representam, olhando-as e sentindo-as junto à pele.
Na noite de cortar as cordas, peque o queimador de incensos e o caldeirão, fósforos e uma faca ou tesoura. Trace o círculo, acenda o incenso (pode ser de alecrim) e chame seu animal de poder. Você deve tocar selvagemente o tambor e gritar o significado das cordas. Se não quiser chamar a atenção dos vizinhos pode falar mentalmente. Sente-se em frente ao caldeirão e corte as cordas confirmando o significado de cada uma delas. Jogue-as dentro do caldeirão e queime-as. Sinta o fluxo do poder enquanto observa cada uma delas transformar-se em fumaça. Respire fundo e sinta sua nova noção de poder. Se você traçou um círculo, libere o que foi chamado para fazer parte dele com gratidão. Agradeça a Lilith por lhe apontar o caminho para o seu próprio poder.
Em pleno século XXI, o interesse pelo mito da Deusa Lilith, reside na possibilidade de se representar e constituir uma nova mulher, a qual se sente identificada com as figuras evocadapor suas tradições culturais
Azazel
De acordo com o livro de Enoque, é um dos 200 anjos que se rebelaram contra Deus . Nos escritos apocalípticos é o poder do mal cósmico , identificado pelos impulsos dos homens maus e da morte . Eles teriam vindo à Terra, para esposar os humanos e criar uma raça de gigantes . O Livro das Revelações , de Abraão , descreve-o como uma criatura impura e com asas. É identificado como a serpente que tentou Eva e que poderia ser o pai de Caim . No século II os búlgaros bogomilianos concordavam que Satanael teria seduzido Eva e que ele, não Adão, era o pai de Caim . A maioria dos bogomilianos foi queimada viva pelo imperador bizantino Alexis . Os Atos dos Apóstolos falam, ainda, em outros três demônios a saber : RIRITH, divindade maléfica do sexo feminino, desencadeadora de tempestades, espécie de fantasma noctívago, que os babilônios chamavam de Lilitu . Antiga tradição popular judaica afirma que Lilith teria sido a primeira mulher de Adão , BERGAR , cujo sentido é o de maligno e comparado, por São Paulo, como anti cristo , e ASMODEU , conforme já exclarecido, aparece no livro de Tobias como o assassino dos maridos de Sara .
O nome de Azazel (como poder sobrenatural) significa "deus-bode". Na demonologia mulçumana, Azazel é a contraparte do demônio que refusou a adorar Adão ou reconhecer a supremacia de Deus. Seu nome foi mudado para Iblis (Eblis), que significa "desespero". Em Paraíso Perdido (I, 534), Milton usa o nome para o porta bandeiras dos anjos rebeldes.
Azazel é assim o destino do bode expiatório que carregava os pecados de Israel para o deserto no Iom Kipur (Lev. 16). Dois bodes idênticos eram selecionados para o ritual. Um era escolhido, por sorteio, como oferenda a Deus, e o outro era enviado para Azazel, no deserto, para ser lançado de um penhasco. O sumo sacerdote recitava para o povo uma confissão de pecados sobre a cabeça do bode expiatório, e uma linha escarlate era enrolada, parte em volta de seus chifres, parte em volta de uma rocha no topo do penhasco. Quando o bode caía, a linha tornava-se branca, indicando que os pecados do povo haviam sido perdoados. Embora a palavra Azazel possa se referia a um lugar, ou ao bode, também foi explicada como sendo o nome de um demônio. Os pecados de Israel estariam, pois, sendo devolvidos à sua fonte de impureza. Os cabalistas viam no bode um suborno às forças do mal, para que Satã não acusasse Israel e, ao contrário, falasse em sua defesa. Azazel é também o nome de um anjo caído.
Texto do "Dicionário Judaico de Lendas e Tradições" de Alan Uterman.
* Alimente sua alma com mais Azazel
Lucifer
: "Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo levado serás ao (Sheol), ao mais profundo do abismo.".
Isaías 14:12-15
Este texto representa, ( a pretexto de se dirigir a um rei terreno), a própria historia de Lúcifer, o primeiro filho de Deus, ( mais bela e sabia criatura, conhecida pelo cognome de «o portador da luz», a quem o Pai entregou o poder sobre a morte), que se havendo rebelado contra o seu pai por a Ele se desejar tornar igual, acabou expulso do reino celestial, exilado para sempre no «sheol», ou o «mundo dos mortos».
Por se opor ao seu pai e á tirania desse Deus HYHV, o seu filho exilado passou a chamar-se «opositor» ou «adversário», que em hebraico se escreve: «Satã». «Satã» não é por isso um «nome» que designa uma entidade em particular, mas antes um «titulo» ou um «adjectivo» que define todo aquele que de «opõem» ao deus HYHV.
Porque na verdade Lucifer e Satanás são duas entidades diferentes, a Igreja na sua teologia oficial não considera Lúcifer o «Diabo», mas apenas um «anjo caído» - Petavius, De Angelis, III, 3, 4
Lucifer era um anjo de Luz que havendo-se rebelado contra o seu pai, gerou uma guerra celestial. Havendo-a perdido, Lúcifer e os todos os anjos que o apoiaram, ( cerca de 1/3 dos anjos dos céus), foram banidos da presença de Deus e exilados no mundo dos mortos, ou «Sheol». Lúcifer é também conhecido por ser o «portador da luz», pois é o anjo da sabedoria . Lúcifer tentou oferecer a sabedoria a Eva, dando-lhe a provar o fruto da arvore do conhecimento, ( conforme no livro de génesis), facto que acabou gerando a expulsão de Adão e Eva do paraíso. Algumas tradições místicas hebraicas afirmam que Caim é filho de Lúcifer e não de Adão, facto pelo qual Deus desgostava dele e o rejeitou, conduzindo-o ao homicídio de Abel. Afirmam também certas tradições místicas que foi contra Lúcifer que Jacob lutou, pois Lúcifer era o anjo guardião de Caim e confrontou Jacob, desejando vingar-se do seu protegido. Lúcifer pode facultar sabedoria sobre todos os mais profundos segredos místicos e do oculto, assim como pode conceder um dos 6 dons das trevas.Lucifer é também pai de Mammon, e possui 5 consortes, sendo que Lilith é a sua imperatriz.
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Miguel
O prefixo grego “arch” (ἀρχ) deriva de “arché” (ἀρχή) que se refere tanto a “começo, ponto de partida, princípio”, como “suprema substância subjacente” ou “princípio supremo indemonstrável” [1].
A partir dessa raiz “arché” temos o antepositivo “arch”, em português, com o sentido de “aquilo que está na frente, o que está no começo, na origem, ponto de partida de um entroncamento” [1], sendo traduzido “acima”, “superior” ou “mais importante” e “o que governa, que dirige, que comanda, que lidera” e ainda carregando consigo idéias de poder, autoridade, império e superioridade [2].
Quanto ao grego “angelos” (άγγελος), vertido para “anjo”, significa simplesmente “mensageiro”.
A partir dessas raízes, portanto, a palavra “Arcanjo” (αρχάγγελος) se traduz “Líder dos Mensageiros”, “Chefe dos Mensageiros” [3] "Capitão dos Anjos" [4],"Primeiro Anjo" [4], “Acima dos Anjos”, “Superior aos Anjos” [1] [5] [6] “Anjo Superior” [7] ou “Anjo Chefe” [8] [9] [10] [11], num aspecto qualitativo de liderança e substancialmente de superioridade [6], da mesma maneira que se traduz palavras com o mesmo radical, tal como “arquiteto” (chefe dos construtores), “arcebispo” (classe hierárquica superior a Bispo), “hierarquia” (poder sagrado) ou “anarquia” (falta ou ausência de poder).
Miguel em Hebraico
[editar] Do termo “Miguel”
A tradução literal para o nome Miguel é “Aquele/Quem como Deus”.
* Mi = Aquele/Quem(?)
* Ka = Como
* El = Deus
Como no hebraico não existia sinais de pontuação, algumas palavras trariam consigo um significado inquisitivo. Por isso a partícula “Mi” que significa “quem” muitas vezes é traduzida sintaticamente como interrogação, ocorrendo em 350 textos do Antigo Testamento onde é mencionada[12].
Exemplo:
“Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.” (Is. 6:8)
ואשׁמע את־קול אדני אמר את־מי אשׁלח ומי ילך־לנו ואמר הנני שׁלחני (Texto Original Hebraico)[13]
va'eshma et qol adonai omer et·mi esh'laj umi ielej·lanu vaomar hineni shelajeni ומי (Texto Original Transliterado)[14]
Dessa forma, o Talmude sugere uma interpretação inquisitiva para o nome Miguel, tendo a tradução contextual “Quem é como Deus?”[15] [16] [17] [18] [19] [20] [21] [15] [22] [23] [24] [25] [26] ou “Quem é semelhante a Deus?”[27] [28] [29]. Este entendimento hoje não é compartilhado somente pela comunidade judaica, pois mais tarde foi incorporado pela cristandade em geral “para não colocar em causa a própria Escritura”, tanto por católicos e evangélicos, como adventistas [30], e também por outras comunidades religiosas, como as testemunhas de Jeová e os islâmicos. Mas para as cosmovisões judaica, jeovista e muçulmana, o pressuposto de não haver nenhuma outra pessoa igual a Deus (Sl. 35:10; 89:8) é literal, implicando sugestivamente a resposta “Ninguém é Igual a Deus” num entendimento retórico.
Quanto ao sufixo “El”, é também relacionado de forma regular com nomes significando afirmativamente “Deus” em todos os casos, tal como em Daniel (Deus é Juiz), Emanuel (Deus é Conosco), Ezequiel (A Força é de Deus), Samuel (Chamado pelo Nome de Deus), Gamaliel (Deus me Faz o Bem), Ananias (Deus é Clemente), João (A Graça é de Deus), etc. Esse entendimento é compartilhado por algumas denominações cristãs trinitarianas e alguns famosos comentaristas bíblicos como Matthew Henry e até o próprio João Calvino, pai da Igreja Congregacional, da Presbiteriana e de muitas outras reformadas, trinitarianos convictos, entendendo o termo segundo a tradução literal. Para esses, diferentemente dos judeus, muçulmanos e testemunhas de Jeová, o Arcanjo Miguel não tem natureza angélica, e sim divina, sendo o próprio Cristo que veio com esse “nome de guerra” fazendo um desafio a Satanás que, desde o princípio, sempre desejou estar acima dos anjos e ser igual ao Criador (Is. 14:12–14).
[editar] Referências na Bíblia
O nome Miguel é escassamente referido na Bíblia, surgindo apenas nos versículos abaixo, segundo a tradução A Bíblia de Jerusalém:
Daniel o profeta na cova dos leões
* Daniel 10:13
"O Príncipe do reino da Pérsia me resistiu durante vinte e um dias, mas Miguel, um dos primeiros príncipes, veio em meu auxílio"
* Daniel 10:21
"Ninguém me presta auxílio para estas coisas senão Miguel, vosso Príncipe."
* Daniel 12:1
"Nesse tempo levantar-se-á Miguel, o grande Príncipe, que se conserva junto dos filhos do teu povo. Será um tempo de tal angústia qual jamais terá havido até aquele tempo, desde que as nações existem. Mas nesse tempo o teu povo escapará, isto é, todos os que se encontrarem inscritos no Livro."
Codex Sinaiticus Judas 9
* Judas 1:9
"E, no entanto, o arcanjo Miguel, quando disputava com o diabo, discutindo a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a pronunciar uma sentença injuriosa contra ele, mas limitou-se a dizer: O Senhor te repreenda!"
* Apocalipse ou Revelação 12:7
"Houve então uma batalha no céu: Miguel e seus Anjos guerrearam contra o Dragão. O Dragão batalhou, juntamente com seus Anjos, mas foi derrotado, e não se encontrou mais um lugar para eles no céu."
[editar] Nos apócrifos
No livro de Enoque Miguel é designado como o príncipe de Israel. No livro dos Jubileus, ele é retratado como o anjo que instruiu Moisés na Torá. Nos Manuscritos do Mar Morto é retratado lutando contra Beliel.
[editar] Definição da Igreja Católica e do Protestantismo
A vitória de São Miguel sobre o demónio, escultura por Sir Jacob Epstein perto da entrada da Catedral de Coventry, no Reino Unido.
Miguel, o Arcanjo, é considerado o chefe dos exércitos celestiais e o padroeiro da Igreja Católica.[carece de fontes?] É o anjo do arrependimento e da justiça.[carece de fontes?] É comemorado pela Igreja Católica sob o nome de São Miguel Arcanjo em 29 de setembro.
Terço de São Miguel Arcanjo ou Coroa Angélica
O Catolicismo mantém uma considerável devoção por São Miguel Arcanjo, especialmente demonstrada nas situações em que são efectuados pedidos de livramento dos seus fiéis contra ciladas do demônio e dos espíritos maléficos. Acredita ainda que, durante as orações, e quando o nome do arcanjo é invocado, este defenderá os crentes, com o grande poder que Deus lhe concedeu, protegendo-os contra os perigos, as forças do mal e os inimigos.[carece de fontes?]
A escassa referência das Escrituras à pessoa de Miguel é considerada por alguns como uma demonstração de discrição ou importância relativa que envolve a sua figura. Nas menções efectuadas no livro de Daniel, os teólogos dividem-se acerca da interpretação dessas passagens. Alguns[quem?] crêem ver neste Miguel aquele que mais tarde Judas designa por "Arcanjo". A maioria[quem?], porém, acredita que nestes versículos, Miguel é apenas uma figura que, de acordo com a crítica bíblica, é proveniente da mitologia Persa, com a qual o povo Hebreu contactou acuando do seu Exílio na Babilónia e não identificável com o Anjo com o mesmo nome.[carece de fontes?]
Na referência de Judas, alguns[quem?] entendem que não é atribuída a Miguel a faculdade de juiz escatológico, reservada a Deus e ao seu Messias, na medida em que ele entrega o Diabo ao juízo de Deus. Nem para os católicos nem para os protestantes é aceite a interpretação, feita por algumas denominações religiosas que se afirmam cristãs[quem?], de que neste texto se trataria do Filho de Deus antes de lhe ser dada autoridade régia visto que, segundo algumas teses destas[quem?] denominações, esta passagem relembraria um acontecimento muito anterior à época em que Jesus veio à Terra e foi posteriormente ressuscitado. Na realidade, católicos e protestantes, a respeito desta última hipótese, contrapõem "que este combate relatado neste livro, que de acordo com a sintática rigorosa do texto (nomeadamente o uso da construção οτε ("ote") mais dativo seguido de περι ("peri") mais genitivo neutro) não é situável num tempo passado e que, assim, ainda não ocorreu em seu sentido pleno. [...] O resgate ("recovery") do corpo "soma", e não do cadáver, de Moisés referido no texto não é senão aquele que ocorrerá no futuro escatológico" (Geerhardus Vos, "Biblical Theology", p. 121-123). De igual modo, acrescenta este autor, "a referência a verbos em tempos passados - "διακρινομενος" ("diakrinomenos": "contendia"), "διελeγeτο" ("dielegeto": "disputava") e "ουκ etoλμησeν eπeνeγκeιν" ("ouk etolmesen epevegkein": "não ousou pronunciar") - provém do facto de este versículo ser a citação de um texto apócrifo de natureza apocaliptico-visonária onde o autor (como todos os autores deste género literário), imaginando-se como tendo sido transportado até ao fim dos tempos, olha para trás ("backwards") para acontecimentos supra-temporais (isto é, posteriores ao fim dos tempos) "anteriores" à consumação final" (Geerhardus Vos, "Biblical Theology", p. 122).
[editar] Outras perspectivas religiosas
O arcanjo Miguel representado numa moeda bizantina.
Ao contrário das posições acima referidas, algumas denominações religiosas, que também se intitulam cristãs, identificam Miguel como sendo o próprio Jesus Cristo ou como uma representação dele. O raciocínio que os leva a crer que Miguel é apenas um outro nome para Jesus Cristo, baseia-se nas seguintes premissas:
[editar] Arcanjo
Na carta de Judas, no versículo 9, Miguel é designado como "o arcanjo" termo que significa "anjo principal". Esta é a única ocorrência bíblica de alguém ser chamado de "o arcanjo" o que, segundo alguns, sugere que existe apenas um anjo assim. De facto, a palavra "arcanjo" ocorre na Bíblia apenas no singular, nunca no plural. Além disto, o cargo de arcanjo se relaciona com Jesus. Sobre o ressuscitado Senhor Jesus Cristo, 1 Tessalonicenses 4:16 diz: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu, com alarido e com voz de arcanjo." (Tradução J. F. Almeida) A voz de Jesus é descrita aqui como sendo a voz de arcanjo. Portanto, para alguns, esse texto indica que o próprio Jesus é o arcanjo Miguel, pois, na sua interpretação, aquele a quem foi designado o dever de ressuscitar os fiéis mortos, não desceria do céu com uma voz que expressasse uma autoridade menor do que a que realmente teria. Ou seja, sendo Jesus o próprio Deus e, portanto, superior a um arcanjo, esta declaração bíblica o compararia com uma criatura inferior. Assim, argumentam, o versículo apresenta a Jesus como sendo realmente o arcanjo, ou anjo principal, com autoridade acima de todas as criaturas.
[editar] Líder militar
Segundo os textos bíblicos, Miguel e seus anjos batalharam contra o dragão e seus anjos. (Revelação ou Apocalipse 12:7), de modo que Miguel é descrito ali como o líder de um exército de anjos fiéis. O mesmo livro também se refere a Jesus como líder de um exército de anjos fiéis, no capítulo 19, versículos 14 a 16, sendo que o apóstolo Paulo menciona especificamente o "Senhor Jesus" e os "seus anjos poderosos" (2 Tessalonicenses 1:7), pelo que é possível concluir que, na Bíblia, existem referências tanto de Miguel e "seus anjos" como de Jesus e "seus anjos". (Mateus 13:41; 16:27; 24:31; 1 Pedro 3:22)
No entanto, e uma vez que nos textos bíblicos em nenhuma parte é indicada a existência de dois exércitos de anjos fiéis no céu, um comandado por Miguel e outro por Jesus, existem observadores que sugerem a conclusão de que Miguel não é outro senão o próprio Jesus Cristo na sua posição celestial.
Esta conclusão, não obstante, é tida como sendo muito débil por um não menor número de peritos que afirmam que em nenhuma parte, nos textos bíblicos, se nega a referida existência de dois exercitos - Christoph Blumhardt - "Vom Reich Gottes. Aus Predigten und Andachten", p. 137 - ou que sejam um mesmo exercito «com dois chefes, um dos quais - Miguel - subordinado ao outro - Jesus -, tal como dá a entender o facto de ter sido Deus e não Miguel a condenar Satanás» - Paul Kleinert - "Die Propheten Israels in sozialer Bezichung", p. 78 -.
Em (Judas 9), referência biblica, na qual Deus (supostamente o Pai) e não Miguel (supostamente o Filho) repreendendo Satanás "O Senhor te repreenda" não é a única na Bíblia. Encontramos em Zacarias 3:2 o seguinte texto: "Mas o SENHOR disse a Satanás: - O SENHOR te repreende, ó Satanás; sim, o SENHOR, que escolheu a Jerusalém, te repreende".
Aqui em Zacarias 3:1 menciona o Anjo do SENHOR. Trata-se do próprio Deus. O mesmo título dado a Deus como "Anjo do SENHOR" é dado em Gênisis 22:15.
Com base nestes argumentos algumas denominações cristãs desenvolveram as seguintes doutrinas:
* A denominação cristã não trinitária das Testemunhas de Jeová, acredita que Jesus e Miguel são a mesma pessoa, a primeira a ser criada directa e exclusivamente por Deus. Crê também que o nome "Jesus" foi usado na terra por aquele que já existia no céu na posição de Arcanjo, sendo que nesta posição celestial gloriosa teria o nome de Miguel. Segundo as suas doutrinas, as Testemunhas não aprovam a adoração de qualquer criatura ou ser terrestre ou celestial, crendo que a devoção dever ser dirigida em exclusivo ao Criador.
* Os adventistas crêem também que Miguel é Jesus[carece de fontes?], Ellen White, assim como os demais fundadores da IASD acreditaram na doutrina trinitária. Atualmente os adventistas crêem em Miguel sendo Jesus plenamente Deus, já que a Trindade se tornou a doutrina oficial da igreja.[carece de fontes?]
* Muitos outros téologos protestantes também ensinavam que Miguel é Jesus, porém viam-no como o eterno e divino Filho, muito mais do que um simples anjo. No início do Século XIX, o erudito bíblico Joseph Benson declarou que a descrição de Miguel, conforme encontrada na Bíblia, "evidentemente indica o Messias". E. W. Hengstenberg, luterano do Século XIX, concordou que "Miguel não é outro senão Cristo". De modo similar, o teólogo J. P. Lange, comentando Revelação 12:7, escreveu: "Entendemos que Miguel, desde o começo, seja Cristo em traje guerreiro contra Satanás." Também Spurgeon e John Gill ensinaram essa interpretação. John Gill até deixa claro que Miguel "não é outro senão o Cristo, o Filho de Deus, um Anjo incriado; que é 'Um' ou 'o primeiro dos principais príncipes', superior aos anjos em natureza, nome e ofício; ele veio para 'ajudar' Gabriel, não como uma criatura semelhante, mas como o Senhor dos exércitos; não como um camarada soldado, mas como o General dos exércitos do céu e da Terra. superior a ele em sabedoria e força; e ele o ajudou dando-lhe bons conselhos, e instruções, que ele ao segui-los teve êxito".
* Neste ponto há uma interessante análise da palavra hebraica 'echad' (como praticada por John Gill), que tanto tem o sentido de "um" como de "primeiro". Em Gên. 1:5 algumas traduções vertem como "dia um" (como a espanhola de Reina-Valera ou a Tradução da American Jewish Publications Society, com base em textos massoréticos) e outros preferem "dia primeiro" ou "primeiro dia", como a maioria das versões em português.
* Também seria interessante acentuar que João Calvino declarou que "por Miguel muitos concordam em entender que seja Cristo, como cabeça da Igreja. Mas se pareça melhor entender Miguel como o arcanjo, esse sentido se revelará adequado, pois sob Cristo como o cabeça, os anjos são os guardiães da Igreja", como consta de seu comentário bíblico. [31]
[editar] Conceitos doutrinários
[editar] Argumentos contra a identificação de Miguel com Jesus
Imagem de Gustave Doré para a obra "O Paraíso Perdido" de John Milton representando Jesus Cristo a comandar as legiões celestes.
Algumas igrejas cristãs trinitárias, consideram que, pelo fato de Miguel ser chamado de arcanjo, identificá-lo como o Filho de Deus rebaixa, de algum modo, a dignidade ou o posto de Jesus. Assim, rejeitando que ambos possam ser a mesma pessoa, apresentam como argumentos as seguintes premissas:
* Jesus é criador (João 1,3); Miguel é criatura (Colossenses 1,16);
* Jesus é adorado por Miguel (Hebreus 1,6); Miguel não pode ser adorado (Apocalipse ou Revelação 22,8-9);
* Jesus é o Senhor dos senhores (Apocalipse 17,14); Miguel é príncipe(Daniel 10,13);
* Jesus é Rei dos reis (Apocalipse ou Revelação 17,14); Miguel é príncipe dos Judeus (Daniel 12,1);
* Nenhum anjo alguma vez foi chamado por Deus como seu Filho (Hebreus 1,5-6) e Deus jamais disse "Assenta-te à minha direita" a os anjos (Hebreus 1:13);
* O mundo futuro não sera submetido a nenhum anjo «Porque não foi aos anjos que sujeitou o mundo futuro, de que falamos»(Hebreus 2,5) em câmbio sera sumetido a Jesus «a quem constituiu heredeiro de tudo, por quem fez também o mundo.»(Hebreus 1,2);
* Jesus está no livro do Apocalipse ou Revelação sobre um cavalo(Apocalipse ou Revelação 19, 19-21) ,a seguir um anjo[Miguel] faz aparição (Apocalipse ou Revelação 20, 1-2), enquanto Jesus estava no cavalo, este anjo tem as chaves do abismo, da mesma forma que Pedro tem as chaves do céu e não se pode portanto dizer que Pedro é Jesus, é importante dizer que Jesus é o proprietário de ambas chaves.
* Jesus não luta com Satanás nunca diretamente a sua palavra é suficiente para matar os demonios (Apocalipse ou Revelação 19, 19-21), Miguel se luta diretamente. (Apocalipse ou Revelação 12, 7-9 e 20, 1-2)
* Um anjo é um mensageiro de Deus e Miguel lhe traz uma mensagem de Deus a Josue (Js 5,14).
* O mesmo erro de Josué (Js 5,14) ao adorar um anjo foi o que cometeu João (Apocalipse ou Revelação 19,9-10);
* O Filho de Deus por antonomásia não assumiu jamais uma natureza angélica (Hebreus 2,16);
* Os anjos jamais recebem adoração (Colossenses 2, 18; Apocalipse ou Revelação 19,10; 22,9); Jesus recebe adoração de
o anjos: Hebreus 1,6 (em isto a TNM estava de acordo desde 1950 até 1970);
o dos discípulos: Lucas 24,52;
o dos crentes: João 9,38;
o dos santos na glória: Apocalipse ou Revelação 7,9-10;
o eventualmente de todos: Filipenses 2,10-11; Mateus 9,18; 15,25;
João na ilha de Patmos
* DEUS não partilha a sua glória com ninguém (Isaías 42,8). Jesus, não um anjo, partilha da glória de DEUS desde antes que o mundo existisse (João 17,5);
* Os anjos são servos desde a sua criação (Hebreus 1,14); Jesus assumiu a condição de servo quando da sua kénosis (Filipenses 2,7);
* Somente ao nome de DEUS todo o joelho se dobrará: «"Por minha vida" - diz Jeová - "todo joelho se dobrará diante de mim e toda língua reconhecerá abertamente a Deus"» (Romanos 14,11 TNM); ao nome de Jesus todos dobrarão o seu joelho: «ao nome de Jesus, se dobre todo joelho dos no céu, e dos na terra, e dos debaixo do chão, e toda língua reconheça abertamente que Jesus Cristo é Senhor» (Filipenses 2,10-11 TNM);
* Os anjos somente podem estar em um único lugar pois a Bíblia jamais afirma que são omnipresentes; Jesus, pelo contrário, é «Aquele que em tudo preenche todas as coisas» (Efésios 1,23 TNM); «Aquele que ascendeu muito acima de todos os céus, para que desse plenitude a todas as coisas» (Efésios 4,10 TNM); e quem «Sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder» (Hebreus 1,3 TNM)»;
* Em Daniel 10,13, Miguel é «um dos principais príncipes»; se fosse identificável com Jesus, pelo que já foi indicado mais acima, ter-se-ia dito «o principal príncipe»; mais: se Miguel é "um dos principais príncipes" e ele é apodado de "arcanjo", podemos, com toda a certeza, ainda que a Bíblia não lhes chame assim - «mas também jamais afirma que Jesus tinha dentes e não obstante...» [32] - saber que existem mais destas criaturas, ou seja, que Miguel não é o único arcanjo, o que invalida algumas interpretações que tentam identificar Jesus com esse anjo.
* O título Príncipe não é exclusivo, Lúcifer é chamado Príncipe (Apocalipse ou Revelação 1,5),(Daniel 8,25),(João 12,31; 14,30; 16,11),(Ef 2,2) , Jacob foi chamado príncipe (Gén 23,6). B. David foi chamado príncipe também (Ezequiel 34,24).
* No livro de Daniel Jesus é chamado "Filho do Homem" (Daniel 7,13-14), Miguel e Lúcifer Príncipes (Daniel 10,13;10,21;12,1).
* Na carta de Judas refere-se a Jesus como Jesus Cristo (Judas 1;4;17;21;25) e a Miguel como arcanjo (Judas 9) sem relacioná-los em nenhum momento.
* Lúcifer é chefe de anjos, por isso não se pode afirmar que somente há um chefe de anjos; e, mesmo considerando que houvesse, tem-se de considerar que há diferentes graus de comando (Salmo 103,20-21 , Mateus 26,53).
* O manuscrito grego original de 1 Tessalonicenses 4,16 diz "à voz do arcanjo" fazendo uma distinção de Jesus e do papel de arcanjo. De qualquer maneira, a voz é um atributo, e não por alguém ter um atributo pode-se dizer que têm determinada natureza, por exemplo, alguém pode ter a voz de uma criança sem ser criança, na melhor das hipóteses se pode interpretar que Jesus tem o controle dos anjos nesse momento.
Codex Sinaiticus 1 Tessalonicenses 4,16
'Grego original:
ταϲ οτι αυτοϲ ο κϲ εν κελευϲματι ε φωνη αρχαγγελου και εν ϲαλπιγ γι θυ καταβηϲε ται απ ουρανου και οι νεκροι εν χω αναϲτηϲον
[33]'
'Tradução oficial dos manuscritos em Inglês:
because the Lord himself, with a shout, with the voice of the archangel, and with the trumpet of God, shall descend from heaven, and the dead in Christ shall arise first;
[34]'
αρχαγγελου: of the archangel (1 Tessalonicenses 4,16)[35][36]'
ἀρχάγγελος: archangel (Judas 9)
Histórica e cronologicamente falando, as teses interpretativas dos textos bíblicos mencionadas pelos que defendem que Miguel é um outro nome de Jesus, remontam ao Século IV quando foram propostas e defendidas, quase com as mesmas argumentações, na exposição cristológica de alguns discípulos e adeptos do presbítero alexandrino Ário.[carece de fontes?]
Alguns[quem?] mencionam a carta de Narciso de Neroníades, discípulo de Ário, ao comentar a maior obra do seu mestre, "Thalia", a Eusébio de Nicomédia, bispo da capital imperial e amigo de Constantino I. Segundo eles, essas linhas argumentativas são apresentadas para conciliarem as suas peculiares leituras bíblicas com as filosofias helenistas presentes no horizonte cultural do seu tempo [37] A mesma tese surge numa outra carta, agora de Eusébio de Nicomédia a Paulino de Tiro [38]
Na ocasião, as contra-argumentações que foram apresentadas para desmontar, e demonstrar a insustentabilidade, das teses dos filo-arianos, embora possam parecer aos olhos de hoje muito simples, não destoam da pouca profundidade crítica e teológica daquelas que lhes deram origem: além de uma clara rejeição de toda a angeolatria (Colossenses 2,18; Hebreus 1,14; 2,5; Apocalipse 19,10) como contrária a toda a revelação bíblica, estrutura-se, a referida crítica, em redor da contextualização da citação de Judas 1,9, a qual, afirmavam, é uma citação do livro apócrifo, não inspirado nem canónico, da "Assunção de Moisés" que se refereria a três (eventualmente quatro: Gabriel, Miguel, Rafael e Satã) arcanjos, deduzindo-se então que Miguel não seria o único arcanjo, pelo que a expressão "ο αρχαγγελος", num argumento corroborado pela construção sintáxica do texto original do citado livro apócrifo, nunca poderia ser um oposto a "Μιχαηλ". Referem-se, ainda, ao facto de não obstante somente no livro de Naum se dizer que é um livro de dado profeta ("sëper Házôn naHûm") não se poder, daí, "concluir que os restantes textos proféticos não sejam também livros proféticos" (página 284).
A respeito da tentativa de identificar Jesus com Miguel, por referência às citações comuns a ambos comandarem legiões celestes (Mateus 13,41; 16,27; 24,31; 1 Pedro 3,22), citam uma carta do próprio Ário que fala dos "presbíteros de Prólico (seu superior monástico)" e dos "presbíteros de Alexandre (seu bispo)" para mostrarem que não é pelo facto de nas duas únicas referências a "presbíteros de" se referirem a Prólico e a Alexandre que se pode identificar Alexandre com Prólico, pois "os presbíteros daquele são mais do que os deste, sem que passem a constituir dois corpos presbiterais, antes estando o de Prolico inserido no de Alexandre" (página 323). Analogamente, dizem os detractores clássicos da antiguidade acerca da tese da identificação de Miguel com Jesus, as "legiões de Cristo" são maiores do que as de Miguel, pois somente, ainda segundo o livro do Apocalipse e a carta de Judas, Miguel não assumiu o papel de juiz escatológico, deixando-o para Jesus Cristo, pois "apesar de votar Satã ao degredo, não o julga nem acusa nem condena" (página 316).
Por sinal, nesta carta, não é citada a passagem de Tessalonicenses, mas na contra-argumentação geral, aduz-se que "εν" mais dativo não é neste contexto construção modal ("com voz de..."), mas temporal ("à - quando se fizer ouvir a - voz de...") tal como em 1 Tessalonicenses 5:2.
Estas perspectivas dos críticos de Narciso e de Eusébio de Nicomédia são retomadas num dos maiores expoentes da literatura inglesa, O Paraíso Perdido de John Milton, segundo o qual, é somente após a intervenção de Cristo com as suas legiões de anjos que o combate iniciado pelo arcanjo Miguel se decide para o lado de Deus (canto VI).
[editar] Argumentos a favor da identificação de Miguel com Jesus
[editar] * Ponto de Vista das Denominações Cristãs não-Trinitariana
A denominação cristã, Testemunhas de Jeová, apresenta várias razões a favor da doutrina que identifica o Arcanjo Miguel como sendo o próprio Jesus Cristo. Alistam-se de seguida esses argumentos:
1. Quando Miguel se levantar, viverão os que estiverem com o nome no livro da vida (Dn. 12,1). Na volta de Cristo ocorrerá o mesmo (Ap. 3,5). Contudo o "livro da vida" referido em Ap. 3,5 não é o "Livro" aduzido em Dn. 12,1. O "livro da vida" é aquele onde está inscrita o que cada ser humano fez realidade só conhecida por Deus; o "Livro" é aquele onde está inserido o nome daqueles que Deus chamou à comunhão eterna consigo.
2. Miguel é chamado de “o Grande Príncipe” que está “a favor dos filhos do teu povo” (Dn. 12,1). Deus elevou Jesus “a Príncipe e Salvador”, para estar a favor dos Seus filhos, dando “o arrependimento e a remissão dos pecados.” (At. 5,31)
3. “Miguel, vosso Príncipe”, “se levanta a favor dos filhos do teu povo” (Dn. 10,21; 12,1). Cristo, “o príncipe da salvação deles” (Hb. 2,10), “o príncipe do teu povo” (At. 23,5).
4. O chefe dos exercitos celestes,recebe adoração (Js. 5,14). Adoração só a Deus pertence (Mt. 4,10). (A Tradução do Novo Mundo, Testemunhas de Jeová omite a palavra adorar, Com nota:“Tens de prestar serviço sagrado.” Gr.: la‧treú‧seis; J17,18,22(hebr.): ta‧‛avódh, “tens de servir (adorar)”. Veja Êx 3:12)
5. E em 1Ts. 4,16 se lê: “Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, com a voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.” (Só em algumas traduções)
[editar] * Ponto de Vista das Denominações Cristãs Trinitarianas
A Igreja Adventista do Sétimo Dia é uma denominação cristã trinitária e têm Jesus como SENHOR, digno de ser adorado, sendo uma das Cinco Colunas da Verdade apresentada na Bíblia.
1ª - Deus. Jeremias 10:10; 2ª - Filho. S. João 14:6; 3ª - Espírito Santo. 1 S. João 5:6; 4ª - Bíblia. João 17:17; 5ª - Os Dez Mandamentos. Salmos 119:151;
Por não terem como pressuposto natureza angélica ao Arcanjo Miguel, identificam este como sendo uma cristofania ou um título nominativo ao Messias antes do primeiro advento. São apresentados alguns argumentos, dentre os quais:
* Antes de Adão e Eva caírem em pecado, Satanás foi expulso do céu. Miguel (Jesus) e seus anjos batalharam conta o Dragão (Satanás) e seus anjos. Apocalipse 12:7. Os livros de Daniel e Apocalipse são livros proféticos e cheios de simbolismo. As Palavras "Miguel" e "Dragão" são símbolos. Satanás foi vencido e expulso do céu.
* Jesus em certa ocasião disse aos discípulos: Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago. Lucas 10:18.
* Esta identificação de Miguel com Jesus tem como objetivo explicar as profecias bíblicas. Em Apocalipse 12 é relatado Miguel expulsando Satanás do céu. Em Daniel 12 mostra como Miguel será vitorioso contra Satanás salvando seu povo.
* Jesus é criador (João 1,3); anjo é criatura (Colossenses 1,16);
* Miguel é o único arcanjo(Comandante dos anjos) mencionado na Bíblia (Novo Testamento);
* Jesus é adorado pelos anjos (Hebreus 1,6), mas não por Miguel.
* As únicas referências bíblicas para o nome Miguel foram mencionadas acima e são:
* Daniel 10,13; Daniel 10,21; Daniel 12,1; Judas 1,9; Apocalipse ou Revelação 12,7.
* Nenhuma dessas referências apresenta Jesus sendo adorado por Miguel.
* Os anjos não podem ser adorados (Apocalipse ou Revelação 22,8-9);
* Mas não podemos afirmar que Miguel não deve ser adorado enquanto existir evidência de que trata justamente da pessoa de Jesus;
* Jesus é o Senhor dos senhores (Apocalipse ou Revelação 17,14);
* Jesus é o Príncipe da Paz (Isaias 9,6);
* Miguel é um dos primeiros Príncipes (Daniel 10,13);
* Jesus é Rei dos reis (Apocalipse ou Revelação 17,14) e Príncipe da Paz (Isaias 9,6);
* Miguel é o grande príncipe (Daniel 12,1);
* Miguel é o "defensor dos filhos do teu povo";
* Em Daniel 12:1, Miguel é apresentado como salvador;
* Está escrito: "será salvo, todo aquele que for achado inscrito no livro" (da vida);
* Somente Jesus é Salvador (Atos 4,12);
* Considerar Miguel uma criatura (um anjo) é contraditório, pois uma criatura (um anjo) não pode ser salvador.
[editar] O anjo Miguel nos manuscritos do Mar Morto
São Miguel luta contra o dragão, por Jean Fouquet.
Desde a publicação, em 1991, da quase totalidade dos textos descobertos no deserto da Judeia, comumente conhecidos como os manuscritos do Mar Morto, que o estudo acerca da angeologia judaica sectária e extra-bíblica teve um grande desenvolvimento.
Nestes textos, numa perspectiva que viria a ser recuperada pelos movimentos gnósticos do Século I, Miguel é apresentado como a figura celestial de Melquisedeque exaltado, elevado aos céus. É similarmente referido como o "príncipe da luz", conforme 11Q13, que dará combate ao "príncipe das trevas", Satã, Belial ou Melkireshah (o príncipe das profundezas da Terra). Este confronto dar-se-á aquando da grande batalha celeste que antecederá o fim dos tempos e a nova vinda do fundador da comunidade essênia, o "Mestre da Justiça", como Messias escatológico.
Neste contexto, e numa descrição profundamente ambivalente, em 4Q529 e 6Q23 o triunfo definitivo da paz não lhe é atribuído, conforme alguns depreendem de Judas 1:9, acima transcrito, onde Miguel recusa a função de juiz escatológico, mas apenas é o seu arqui-estratega. Miguel recusa inclusive o título de "Senhor" e de "Salvador", ao mesmo tempo que, segundo 4Q246, aguarda que, tal como o seu modelo histórico apresentado neste texto, Antíoco Epifânio, se possa autoproclamar "um deus" e ser adorado como deus, tal como aquele em Daniel 11,36-37.
Para outros[quem?], segundo a interpretação que fazem de alguns dos manuscritos do Mar Morto, Miguel é mesmo apresentado como o grande usurpador do senhorio de Deus numa opinião que, com alguns matizes, é idêntica à de movimentos para-cristãos nascidos no Século XIX. Segundo aquela referida interpretação, Miguel louvaria o malquisto rei Sedecias, referido em 2 Reis 24:19, prometendo-lhe, inclusive, uma aliança para que este leve a bom termo os seus planos malévolos.
Em síntese, a angeologia apresentada pela interpretação destes textos não é homogénea, mas aduz um grande leque de orientações desde as menos negativas como as que consideram Miguel como Melquisedeque exaltado, mas com desejos de ser adorado, até às profundamente negativas, as que o concebem como próximo do malévolo rei Sedecias. Nos primeiros séculos da nossa era, esta literatura teve muita influência em círculos gnósticos vindos do helenismo platonizado na medida em que a sua falta de clareza e a ambiguidade esotérica, quase a roçar o paganismo (de facto, tais perspectivas jamais poderiam ser tidas como inspiradas, quer pelo judaísmo, quer pelo cristianismo), serviu plenamente os seus intuitos de estabelecerem pontes de contacto com o crescente influxo cultural do cristianismo e, assim, não perderem a sua importância religiosa.
[editar] Perspectivas mitológicas
Arcanjo Miguel, por Simon Ushakov.
De acordo com alguma angeologia inter-testamentária heterodoxa ("Revelação de Satanás" e "Ascensão de Melquisedec"), retomada posteriormente por cristão gnósticos - que não admitiam que Deus pudesse na verdade ter tocado, andado e vivido num mundo que consideravam perverso e diabólico - e cultos pagãos mistéricos da bacia do Mediterrâneo Oriental - que se serviram desta figura que tão poucas vezes aparece nomeada na Bíblia para estabelecerem pontes com cristãos menos formados -, o Anjo Miguel - "malach Micha'el" - ou o Justo Miguel - "sedek Micha'el" -; não era senão Melquisedeque "Mal'ch sedek" exaltado, glorificado, não sendo, pois, identificável como uma criatura primogénita.
Para estes movimentos que orbitavam o cristianismo primitivo, profundamente influenciados pela corrente filosófica do platonismo - que concebia a sua cosmologia como uma contínua estratificação de seres intermédios entre um demiurgo impotente e indiferente para com a humanidade e a sua criação - "sedek Micha'el" seria a figura do justo por excelência, aquele que, segundo Platão, morreria crucificado.
Misturando esta convicção filosófica com correntes cristãs heterodoxas, os passaram a acreditar que, quem morrera na cruz, sob Pôncio Pilatos, afinal não fora senão Melquisedeque sob a aparência de Jesus de Nazaré que, na verdade, segundo estes, jamais existira. Para estes "sedek Micha'el", enquanto andou sobre a Terra debaixo da aparência de Jesus de Nazaré, jamais fora verdadeiramente homem, rejeitando terminantemente que ele tivesse tido a necessidade de comer, beber, dormir, expressar emoções ou realizar necessidades fisiológias pois, se assim não fosse, não teria podido ser um anjo, isto é, um ser puramente espiritual.
exorcismo em latim
Tribuite virtutem deo.
Exorcizamus te, omnis immundus spiritus, omnis satanica potestas, omnis incuriso infernalis adversarii, omnis legio, omnis congredatio et secta diabolica…
Ergo…
Perditionis venenum propinare. Vade, satana, inventor et magister omnis fallaciae. Hostis humanae salutis. Humiliare sub potenti manu dei. Contremisce et effuge. Invocato a nobis sancto et terribile nomine. Quem inferi tremunt…
Ab insidis diaboli, libera nos, domine. Ut ecclesiam tuam secura tibi facias, libertate servire, te rogamus, audi nos. Ut inimicos sanctae ecclesiae humiliare digneris, to rogamus audi…
Dominicos sanctae ecclesiae, terogamus audi nos, terribilis deus do sanctuario suo deus israhel. Lpse tribuite virtutem et fortitudinem plebi suae, benedictus deus, gloria patri…”
Supernatural algumas dicas q ajudam contra espiritos e demonios
* SUPERNATURAL é o nome original da série, ou seja, em inglês. O prefixo SUPER não tem o mesmo significado que em português. SOBRENATURAL é o nome que a série recebe no canal aberto SBT, como tradução. A maioria dos fans preferem SUPERNATURAL;
* O sobrenome Winchester se escreve igual a famosa série de armas;
* Dean tem exatos 27 anos e Sam 23 anos;
* O carro usado pelos irmão é um Chevy Impala 1967, placa KAZ 2Y5 – Kansas;
* Durante suas investigações, os irmãos costumam usar identidades falsas e fraudam vários cartões de crédito;
* Para combater espíritos e outras criaturas, John e Dean, inventaram balas munidas de sal. A explicação é que o sal é uma substância que não acaba com os fantasmas e demônios, mas os mantém longe, no caso das balas os atrasa;
* A Colt é a única arma capaz de acabar com qualquer demônio e criatura sobrenatural. Foram feitas 13 balas, mas atualmente todas já foram usadas;
* O demônio que matou Mary tem dois filhos, um deles se incorporou em Meg;
* A série é descrita como uma fusão de Arquivo X e Route 66;
* Sam tinha 6 meses quando sua mãe morreu e Dean tinha 4 anos;
* Várias mulheres com bebês de 6 meses morreram da mesma forma que Mary e seus filhos possuem misteriosos poderes;
* Os vampiros da série não são afetados por alhos, crucifixos ou luz do sol, mas podem ser dopados com sangue de humano morto e destruídos somente se decapitados;
* Durante a série aparecem vários elementos de lendas urbanas, tais como: Bloody Mary, Wendigo e Hookman;
* Sam e Dean obtêm informações sobre as criaturas lendo um velho diário de seu pai;
* Os irmãos usam um sensor eletrônico para captar a presença de espíritos e outras entidades;
* O verdadeiro nome de Sam é Samuel Winchester e ele odeia ser chamado de Sammy;
* Mary morreu no dia 02/11/83, então fazendo as contas a data de aniversário de Sam é 02/05/83, pois é mencionado que Mary morreu exatamente quando Sam completou 6 meses;
* O código do cadeado do carro que tranca o armamento dos Winchesters é o dia da morte de Mary (110283);
* Se fosse para caçar um urso, Dean caçaria um ursinho de brinquedo *risos*;
* Dean Winchester nasceu no dia 24 de Janeiro de 1979;
* Sam Winchester nasceu no dia 02 de Maio de 1983;
* A família Winchester é do povoado de Lawrence/Kansas;
* Wendigos são normalmente encontrados no estado norte-americano de Minnesota;
* Bloody Mary (Maria Sangrenta, para nós) é uma das Lendas Urbanas mais conhecidas do mundo;
* A série é gravada em Vancouver/Canadá;
* Jensen Ackles(Dean), na realidade havia feito teste para ser o Sam;
* Existe um segredo a cerca de Sam que John revelou ao seu filho mais velho, Dean, antes de morrer.
* O demônio que matou Mary não tem nome, mas os irmãos costumam chamá-lo de “Demônio de Olhos Amarelos”;
* Jensen Ackles (Dean) já trabalhou em Smallville (4º temporada) como Jason Teague, o namorado da Lana;
* O pai da Jo também era caçador e por causa de John Winchester, ele acabou morrendo.
* Quando se combate essas criaturas sobrenaturais é preciso ser muito corajoso! Quem adivinharia que o ponto fraco de Sam seriam palhaços e que o Dean morre de medo de avião?
* O nome do irmão da Meg é Tom (os filhos do demônio de olhos amarelos);
* Na idéia original da série,Sam e Dean não existiam, a história se baseava em um repórter que relatava em suas notícias fatos sobrenaturais,como a Warner nao gostou da idéia,a série foi toda reformulada,até chegar no que é hoje;
* A dupla usaria um Mustang Cobra 1965 ao invés do Chevy Impala ‘67;
* Durante o decorrer da série já fomos apresentados à 4 “Psykids” (nome dado pelo criador da série), e são pessoas que possuem algum tipo de habilidade sobrenatural, são eles: Sam Winchester, Max Miller, Andrew Gallagher (ou Andy), Ansem Weems (ou Webber);
* Rosie, que aparece no 21º episódio da 1ª temporada não é necessariamente uma psykid, pois sua mãe não morreu da forma que é prevista. Porém, Mônica (mãe de Rosie) diz a seguinte frase: “Ela nunca chora.Ela só encara todo mundo.As vezes ela olha para você parece que está vendo dentro de sua mente”. Suspeito, não?
Poderes do sal
O sal está presente em rituais religiosos de diversas épocas e civilizações. Foi usado por gregos, romanos, asiáticos e árabes. Nas crenças populares, ele é um ingrediente obrigatório para afastar energias negativas e mau-olhado.
Jesus disse: "Sois o sal da terra. Ora, se o sal se decompor, com que se salgará?". A frase foi registrada pelo apóstolo Mateus no Novo Testamento e revela o duplo significado do sal: conservar a união com Deus e dar gosta à vida.
Existem registros do uso do sal datados de 5 mil anos atrás. O sal foi usado na Babilônia, no Egito, na China e em civilizações pré-colombianas. Nas civilizações mais antigas, contudo, apenas as populações costeiras tinham acesso a ele. Ainda assim, existiam períodos de escassez ocasionados por condições climáticas e por períodos de elevação do nível do mar.
Foi apenas na Idade Média que a tecnologia de mineração começou a se desenvolver. Escasso e precioso, o sal era vendido a peso de ouro. Em diversas ocasiões, foi usado como dinheiro. Entre os exemplos históricos mais conhecidos figura o costume romano de pagar com sal parte da remuneração dos soldados, o que deu origem à palavra salário (do latim "salariu").
Por ser tão valioso, o sal foi alvo de muitas disputas. Roma e Cartago entraram em guerra em 250 a.C. pelo domínio da produção e da distribuição do sal no Mar Adriático e no Mediterrâneo. E após vencer os cartagineses, o exército romano salgou as terras do inimigo, para que se tornassem estéreis.
Cerca de 110 a.C., o Imperador chinês Han Wu Di iniciou o monopólio do comércio de sal no país, transformando a "pirataria de sal" em crime sujeito à pena de morte. O monopólio e o peso dos impostos sobre o sal foram estopim de grandes rebeliões. Na França, a elevação de uma taxa criada em 1340, chamada "gabelle", ajudou a desencadear a Revolução, em 1789. Séculos depois, na Índia, as taxas abusivas cobradas pelos ingleses encorajaram o movimento da desobediência civil, liderado por Ghandi, na década de 1930.
O sal está presente em rituais religiosos de diversas épocas e civilizações. Foi usado por gregos, romanos, asiáticos e árabes. Nas crenças populares, ele é um ingrediente obrigatório para afastar energias negativas e mau-olhado. Em várias culturas, acredita-se que o sal tem o poder de afastar espíritos densos e as energias negativas. Por essa razão, era oferecido aos deuses para afastar os demônios e muitos sacerdotes utilizavam-no nos rituais e nas cerimônias mágicas.
Os árabes citam recomendações de Maomé para: "começar pelo sal e terminar com o sal; porque o sal cura numerosos males". Também é considerado símbolo da incorruptibilidade - pois é a marca da eternidade e da pureza, porque jamais apodrece ou se corrompe; e da lealdade - como pode ser visto na Bíblia, o termo "aliança de sal" designa uma relação com Deus que não pode ser rompida.
Largamente utilizado pelos esotéricos, o sal é recomendado para a limpeza da aura, ou seja, o campo de luz que envolve o corpo humano. Quando a aura está saturada, o sal é o único composto que a recompõe rapidamente. Segundo o esoterismo, o banho de água e sal é excelente para expandir a aura. Mas, para isso, deve seguir algumas regras:
Primeiramente, deve-se tomar o banho normalmente, deixando ao lado um recipiente com água morna e sal grosso. Após o banho normal, despeja-se essa água com sal do pescoço para baixo, segurando o recipiente com ambas as mãos. O conhecimento esotérico indica que não se deve jogar na cabeça. Também não há necessidade de esfregar a água e o sal, já que o banho não atua no corpo físico, mas sim no corpo astral. Basta simplesmente jogar a água com sal sobre o seu corpo. Depois, não é indicado enxugar-se com movimentos de expulsão, ou seja, de baixo para cima ou para os lados, o correto é apenas deixar a toalha absorver a água.
Uma curiosidade a respeito do banho com sal grosso é que, dizem as tradições, ele deve sempre ser tomado nas segundas, nas quartas e, de preferência, nas sextas-feiras. Além disso, deve-se evitar os dias ímpares.
Um cristal
Segundo a explicação de especialistas em radiestesia, o sal é um cristal e, por isso, emite ondas eletromagnéticas que podem ser medidas pela radiestesia (técnica que utiliza pêndulos para identificar e alterar os campos vibratórios). Experiências mostraram que ao colocar-se o pêndulo sobre um monte de sal, é possível detectar o mesmo comprimento de onda da cor violeta, capaz de neutralizar os campos eletromagnéticos negativos.
A sabedoria popular vai pela mesma linha: como as energias densas costumam se concentrar nos cantos dos ambientes, costuma-se colocar um copo de água com sal grosso em pelo menos dois cantos. Quando se formarem bolhas, é hora de trocar a salmoura por outra.
O mesmo efeito purificador explica o famoso banho de sal grosso e o antigo escalda-pés (mergulhar os pés em uma salmoura morna): ambos têm o poder de neutralizar a eletricidade do corpo.
Nas tradições
No candomblé, religião trazida para o Brasil pelos escravos africanos, o sal tem importância fundamental. Na tradição africana, quando uma pessoa muda, deve entrar na nova casa levando primeiramente um copo de água e outro de sal.
Já na tradição judaica, quem muda de casa é presenteado com pão (para que nunca falte alimento) e com sal (símbolo da união indestrutível). No Oriente Médio acredita-se que quando duas pessoas comem sal juntas formam um vínculo. Por isso, é costume usar sal para selar um contrato ou acordo.
Existe uma superstição que indica que derrubar sal na mesa é sinal de mau agouro. Em sua obra "Dicionário do Folclore Brasileiro", Luís da Câmara Cascudo cita que Leonardo da Vinci, ao pintar o famoso quadro "A Santa Ceia", colocou o saleiro entornado diante de Judas.
Poltergeist
Os fenômenos seriam produzidos por pessoas vivas, e não por seres espirituais: “A teoria mais em voga, adotada atualmente pelos parapsicólogos considerados ortodoxos, e aceita hodiernamente como a mais correta pela maioria dos especialistas, é aquela que atribuía um agente humano a causa de tais fenômenos.
A Ciência se mostra incompetente para decifrar o enigma: “Como já mencionamos acima, o método científico utiliza a matéria como única maneira de explicar os fenômenos naturais. O que está, além disso, até hoje é uma total incógnita para todos os cientistas. Somente um filósofo pode chegar a estas conclusões, e são poucos os que nascem de tempos em tempos para estas explicações”
A Parapsicologia declara:
“Os "poltergeist" ou "casas mal-assombradas", com seus fenômenos físicos de todo tipo, estão quase sempre ligados à adolescência; e sempre a pessoas problemáticas, reprimidas.
Aparições
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Os Espíritos podem tornar-se visíveis, sobretudo, durante o sono. Entretanto algumas pessoas os vêem quando acordadas, porém, isso é mais raro.
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Os Espíritos que se manifestam fazendo-se visíveis, podem pertencer a todas as classes. Mas, nem sempre têm permissão para fazê-lo, ou o querem.
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Se permitido manifestar-se, quando para mau fim, é para experimentar os a quem eles aparecem. Pode ser má a intenção do Espírito e bom o resultado.
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O fim que tem em vista o Espírito que se torna visível com má intenção é o de amedrontar e muitas vezes vingar-se. Os que vêm com boa intenção, visam consolar as pessoas que deles guardam saudades, provar-lhes que existem e estão perto delas; dar conselhos e, algumas vezes, pedir para si mesmos assistência.
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Estando o homem constantemente cercado de Espíritos, o vê-los a todos os instantes o perturbaria, embaraçar-lhe-ia os atos e tirar-lhe-ia a iniciativa na maioria dos casos, ao passo que, julgando-se só, ele age mais livremente.
NOTA. Tantos inconvenientes haveria em vermos constantemente os Espíritos, como em vermos o ar que nos cerca e as miríades de animais microscópicos que estão sobre nós e em torno de nós. Donde devemos concluir que o que Deus faz é bem feito e que Ele sabe melhor do que nós o que nos convém.
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Em certos casos, é permitido ver os Espíritos, para dar ao homem uma prova de que nem tudo morre com o corpo, que a alma conserva a sua Individualidade após_a_morte. A visão passageira basta para essa prova e para atestar a presença de amigos ao vosso lado e não oferece os inconvenientes da visão constante.
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Sabes muito bem existirem pessoas que hão visto e que nem por isso crêem, pois dizem que são ilusões. Com esses não te preocupes; deles se encarrega Deus.
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Quanto mais o homem evolui e se aproxima da natureza espiritual, tanto mais facilmente se põe em comunicação com os Espíritos. A grosseria do vosso envoltório é que dificulta e torna rara a percepção dos seres etéreos.
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Quanto o nos assustarmos com a aparição de um Espírito, quem refletir deverá compreender que um Espírito, qualquer que seja, é menos perigoso do que um vivo. Demais, podendo os Espíritos, como podem, ir a toda parte, não se faz preciso que uma pessoa os veja para saber que alguns estão a seu lado. O Espírito que queira causar dano pode fazê-lo, e até com mais segurança, sem se dar a ver. Ele não é perigoso pelo fato de ser Espírito, mas, sim, pela influência_que_pode_exercer_sobre_o_homem, desviando-o do bem e impelindo-o ao mal.
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Aquele a quem um Espírito apareça poderá_travar_com_ele_conversação. É o que se deve fazer em tal caso, perguntando ao Espírito quem ele é, o que deseja e em que se lhe pode ser útil. Se se tratar de um Espírito infeliz e sofredor, a comiseração que se lhe testemunhar o aliviará. Se for um Espírito bondoso, pode acontecer que traga a intenção de dar bons conselhos. Nesse caso o Espírito poderá responder, algumas vezes o faz por meio de sons articulados, como o faria uma pessoa viva. Na maioria dos casos, porém, pela transmissão dos pensamentos.
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Uns aparecerão em trajes comuns, outros envoltos em amplas roupagens, alguns com asas, como atributo da categoria espiritual a que pertencem.
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As pessoas que vemos em sonho são quase sempre as que os vossos Espíritos buscam, ou que vêm ao encontro deles.
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Os Espíritos_zombeteiros podem tomar as aparências das pessoas que nos são caras, para se divertirem à vossa custa, tomam eles aparências fantásticas. Há coisas, porém, com que não lhes é lícito brincar.
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Os Espíritos nem sempre podem manifestar-se visivelmente, mesmo em sonho e mau grado ao desejo que tenhais de vê-los. Pode dar-se que obstem a isso causas independentes da vontade deles. Freqüentemente, é também uma prova, de que não consegue triunfar o mais ardente desejo. Quanto às pessoas que vos são indiferentes, se é certo que nelas não pensais, bem pode acontecer que elas em vós pensem. Aliás, não podeis formar idéia das relações no mundo_dos_Espíritos. Lá tendes uma multidão de conhecimentos íntimos, antigos ou recentes, de que não suspeitais quando despertos.
NOTA. Quando nenhum meio tenhamos de verificar a realidade das visões ou aparições, podemos sem dúvida lançá-las à conta da alucinação. Quando, porém, os sucessos as confirmam, ninguém tem o direito de atribuí-las à imaginação. Tais, por exemplo, as aparições, que temos em sonho ou em estado de vigília (acordado), de pessoas em quem absolutamente não pensávamos e que, produzindo-as no momento em que morrem, vem, por meio de sinais diversos, revelar as circunstâncias totalmente ignoradas em que faleceram. Têm-se visto cavalos empinarem e recusarem caminhar para a frente, por motivo de aparições que assustam os cavaleiros que os montam. Embora se admita que a imaginação desempenhe aí algum papel, quando o fato se passa com os homens, ninguém, certamente, negará que ela nada tem que ver com o caso, quando este se dá com os animais. Acresce que, se fosse exato que as imagens que vemos em sonho são sempre efeito das nossas preocupações quando acordados, não haveria como explicar que nunca sonhemos, conforme se verifica freqüentemente, com aquilo em que mais pensamos.
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Certas visões ocorrem com mais freqüência quando se está doente, simplesmente, porque no estado de doença, os laços materiais se afrouxam; a fraqueza do corpo permite maior liberdade ao Espírito, que, então, se põe mais facilmente em comunicação com os outros Espíritos.
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As aparições se dão de preferência à noite, pela mesma razão por que vedes, durante a noite, as estrelas e não as divisais em pleno dia. A grande claridade pode apagar uma aparição ligeira; mas, errôneo é supor-se que a noite tenha qualquer coisa com isso. Inquiri os que têm tido visões e verificareis que são em maior número os que as tiveram de dia.
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A visão dos Espíritos se produz no estado normal ou estando o vidente num estado extático. Entretanto, as pessoas que os vêem se encontram muito amiúde num estado próximo do de êxtase, estado que lhes faculta uma espécie de dupla vista.
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Os que vêem os Espíritos julgam ver com os olhas, mas, na realidade, é a alma quem vê e o que o prova e que os podem ver com os olhos fechados.
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O Espírito pode fazer-se visível pelo princípio de todas as manifestações, reside nas propriedades_do_perispírito, que pode sofrer diversas modificações, ao sabor do Espírito. (Ver: Processo das manifestações físicas)
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No estado material em que vos achais, só com o auxílio de seus invólucros_semimateriais podem os Espíritos manifestar-se. Esse invólucro é o intermediário por meio do qual eles atuam sobre os vossos sentidos. Sob esse envoltório é que aparecem, às vezes, com uma forma humana, ou com outra qualquer, seja nos sonhos, seja no estado de vigília (acordado), assim em plena luz, como na obscuridade.
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Pela combinação dos fluidos, o perispírito toma uma disposição especial, sem analogia para vós outros, disposição que o torna perceptível.
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Em seu estado normal, os Espíritos são inapreensíveis, como num sonho. Entretanto, podem tornar-se capazes de produzir impressão ao tato, de deixar vestígios de sua presença e até, em certos casos, de tornar-se momentaneamente tangíveis, o que prova haver matéria entre vós e eles.
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Durante o sono, todos têm aptidão para ver os Espíritos; em estado de vigília (acordado), não. Durante o sono, a alma vê sem intermediário; no estado de vigília, acha-se sempre mais ou menos influenciada pelos órgãos. Daí vem não serem totalmente idênticas as condições nos dois casos.
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O homem, em estado de vigília (acordado), depende da organização física. Reside na maior ou menor facilidade que tem o fluido_do_vidente para se combinar com o do Espírito. Assim, não basta que o Espírito queira mostrar-se, é preciso também que encontre a necessária aptidão na pessoa a quem deseje fazer-se visível. Essa faculdade pode desenvolver-se pelo exercício, como todas as outras faculdades; mas, pertence ao número daquelas com relação às quais é melhor que se espere o desenvolvimento natural, do que provocá-lo, para não sobreexcitar a imaginação. A faculdade_de_ver_os_Espíritos, em geral e permanentemente, constitui uma faculdade excepcional e não está nas condições normais do homem.
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Algumas vezes é possível provocar a aparição dos Espíritos, porém, muito raramente. A aparição é quase sempre espontânea. Para que alguém veja os Espíritos, precisa ser dotado de uma faculdade especial.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Espiritos Vingativos
A - A ESCOLHA DAS PROVAS
No estado errante, antes da nova existência corpórea, o Espírito tem consciência e previsão do que lhe vai acontecer durante a vida. Ele mesmo escolhe o gênero de provas que deseja sofrer; nisto consiste o seu livre-arbítrio (LE, perg. 258). Possuindo a liberdade de escolha, o Espírito é responsável pelos seus atos, assim como das consequências que lhe advierem. Nada lhe estorva o futuro e mesmo que venha a sucumbir às provas escolhidas, ainda lhe resta uma consolação, a de que nem tudo se acabou para ele, pois Deus na sua bondade permite sempre recomeçar o que foi mal feito.
O Espírito sabe que, escolhendo determinado caminho, terá de passar por determinado gênero de lutas; e sabe de que natureza são as vicissitudes que irá encontrar; mas não sabe quais os acontecimentos que o aguardam. Os detalhes nascem das circunstâncias e da força das coisas. Só os grandes acontecimentos, que influem no destino estão previstos (LE, perg. 259).
Nem sempre, porém, o Espírito faz a sua escolha imediatamente após a morte, pois muitos, ainda atrasados, julgam que suas penas têm um caráter eterno. Por outro lado, ele pode ainda fazer sua escolha durante a vida corporal, pois um desejo intenso pode influir no seu futuro. Tudo depende da sua intenção. Isso é possível pois que o Espírito, embora encarnado, tem sempre os momentos em que se liberta da matéria.
Geralmente o Espírito escolhe as provas que lhe podem servir de expiação, segundo a natureza de suas faltas, assim como aquelas que podem contribuir para o seu adiantamento. Uns podem impor-se uma vida de misérias e privações, para tentar suportá-la com coragem; outros, experimentar as tentações da fortuna e do poder, bem mais perigosas pelo abuso e o mau emprego que lhes pode dar e pela más paixões que desenvolvem; outros, enfim, querem ser provados nas lutas que terão de sustentar no contato com o vício (Le, perg. 264).
Pode acontecer de, por vezes, o Espírito enganar-se quanto à eficácia da prova que escolher. Pode escolher uma que esteja acima de suas forças, e então sucumbe. Pode também escolher uma que não lhe dê proveito algum, como um gênero de vida ociosa e inútil. Mas, nesse caso, voltando ao mundo dos Espíritos, percebe que nada ganhou e pede para recuperar o tempo perdido (LE,perg. 269).
Parece evidente o fato de o Espírito geralmente escolher as provas mais fáceis de ser vencidas; no entanto, isso não ocorre pois na vida espiritual ele compara os prazeres fugitivos e grosseiros com a felicidade inalterável que entrevê, e então que lhe importam alguns sofrimentos passageiros? (LE, perg. 266). É assim que quando desencarnado prefere provas mais rudes e suscetíveis de apressar o seu progresso.
Um Espírito inexperiente e ignorante, não pode escolher uma existência com pleno conhecimento de causa e ser responsável por essa escolha. Entretanto, à medida que vai evoluindo e que o seu livre-arbítrio se desenvolve, tornando-se senhor de si, passar a tomar decisões por si mesmo; porém, se não aceitar os conselhos dos bons Espíritos, poderá cair em deslizes, comprometendo o seu processo evolutivo.
Algumas provas podem ser impostas, em vez de serem escolhidas espontaneamente; isto, porém, acontece com Espíritos inferiores, que revelam-se refratários às orientações dos bons Espíritos, assim como no caso de expiação de faltas, o que obviamente auxiliará o seu progresso.
B - RELAÇÕES DE ALÉM-TÚMULO - RELAÇÕES SIMPÁTICAS E ANTIPÁTICAS
No mundo espiritual, da mesma maneira que no plano material, os Espíritos se reúnem em associações, classes, sociedades, conjugando interesses semelhantes entre os indivíduos. Juntam-se no espaço em aglomerados afins com o seu pensamento, de modo a continuar o mesmo gênero de vida que procuravam quando encarnados.
Porém, nem todos os Espíritos têm acesso, reciprocamente, uns junto aos outros. Os bons vão por toda a parte e é necessário que assim seja, para que possam exercer a sua influência sobre os maus. Mas as regiões habitadas pelos bons são interditadas aos imperfeitos, a fim de que não levem a elas o distúrbio das más paixões (LE, perg. 279).
Os Espíritos têm uns sobre os outros a autoridade correspondente ao grau de superioridade que hajam alcançado. Porém, essa autoridade não se refere aos valores terrenos, mas sim a uma ascendência moral irresistível. As posições de destaque ocupadas no mundo material, o poder, a autoridade, não conferem menhuma supremacia ao homem no mundo dos Espíritos; o maior na Terra pode estar na última classe entre os Espíritos; enquanto que seu servidor estará na primeira (..) Jesus não disse: Quem se humilhar será exaltado, e quem se exaltar será humilhado? (LE, perg.275a). Aquele que foi grande entre os homens, e como Espírito vê-se junto dos Espíritos inferiores, movido pelo seu orgulho e inveja sente-se muito humilhado com esta situação.
Os Espíritos comunicam-se entre si. Eles se vêem e se compreendem; a palavra é material: é o reflexo da faculdade espiritual. O fluido universal estabelece entre eles uma comunicação constante; é o veículo de transmissão do pensamento, como o ar é (..) o veículo do som. Uma espécie de telégrafo universal que liga todos os mundos, permitindo aos Espíritos corresponderem-se de um mundo a outro (LE, perg. 282).
Não podem dissimular reciprocamente seus pensamentos, nem esconder-se um dos outros, pois para eles tudo permanece descoberto, principalmente quando são perfeitos. A linguagem entre os Espíritos é portanto a linguagem do pensamento, e não necessariamente a linguagem material articulada. Os Espíritos reconhecem-se e constatam sua individualidade pelo perispírito, que os torna seres distintos uns para os outros, como os corpos entre os homens (LE, perg. 284) Desta maneira reconhecem aqueles que foram seus filhos, pais, amigos ou inimigos quando encarnados. Geralmente ao desencarnar a alma vê os parentes e amigos que a precederem no mundo dos Espíritos, os quais felicitam-na como no regresso de uma viagem. A alma do justo é recebida como um irmão bem-amado e longamente esperado; a do mau, é recebida com natural reserva.
Pode continuar a existir no mundo dos Espíritos a afeição que dois seres se consagravam no mundo material, desde que originada da verdadeira simpatia. Se, no entanto, esta afeição nasceu principalmente de causa de ordem física, a afeição desaparece com a causa. As afeições entre os Espíritos são mais sólidas e duráveis que na Terra, porque não se acham subordinadas aos caprichos dos interesses materiais e do amor-próprio (LE, perg. 297).
A teoria das metades eternas é uma expressão usada até mesmo na linguagem vulgar, e que não deve ser tomada ao pé da letra. Não existe união predestinada desde a origem. A simpatia que atrai um Espírito para outro é o resultado da perfeita concordância de suas tendências, de seus instintos; se um devesse completar o outro, perderia a sua individualidade (LE, perg. 301).
C - RECONCILIAR-SE COM SEUS ADVERSÁRIOS:
Em verdade vos digo que não sairás de lá, enquanto não pagares o último ceitil (ceitil: moeda portuguesa antiga de ínfimo valor) (Mt, 5:25-26). Vários são os motivos para ter indulgência com os inimigos. Primeiramente, porque o perdão tem o efeito moral de libertar os seres que permanecem por vezes longo tempo imantados um ao outro pelo sentimento de ódio e vingança. Perdoar consiste em fazer uma concessão, por amor, o que demonstra a verdadeira grandeza de alma, um verdadeiro gesto de caridade moral.
Em seguida, aqueles aos quais se fez algum mal neste mundo podem, segundo sua condição, experimentar dois tipos de sentimentos: se são bons, perdoam; se são maus, podem conservar os ressentimentos e, por vezes perseguir até numa outra existência. Os Espíritos bons, quando na espiritualidade, compreendem o quanto as dissensões são desnecessárias e os motivos conservam uma espécie de animosidade, até que se purifiquem (LE, perg. 293).
A morte, como se sabe, não nos livra dos nossos inimigos. Os Espíritos vingativos perseguem com seu ódio, além da sepultura, aqueles que ainda são objeto de seu rancor (..) O Espírito mau espera a quem quer mal que esteja encerrado em seu corpo, e assim menos livre, para mais facilmente o atormentar (ESE, cap. X, ítem 6). O algoz pode atingí-lo nos seus interesses mais recônditos, assim como nas suas mais caras afeições. Nisto consiste a causa da maioria dos casos de obsessão. Daí a necessidade de, com vistas à tranquilidade futura, reparar o mais cedo possível os males que se tenha praticado em relação ao próximo.
Além disso, só se pode apaziguar esses Espíritos vingativos com o bem, jamais com o mal. Nossos sentimentos atuam sobre os outros segundo uma lei física: a da assimilação e repulsão dos fluidos. Assim sendo, os bons sentimentos quebram toda eventual expressão vibratória entre os seres imantados pelo ódio, envolvendo a ambos em eflúvios de harmonia. Além disso, o bom procedimento não dá, pelo menos, nenhum pretexto a represálias, e com ele se pode fazer de um inimigo um amigo antes da morte. Com o mau procedimento ele se irrita e é então que serve de instrumento à justiça de Deus, para punir aquele que não perdoou (ESE, cap. XII, ítem 5).
Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais cedo possível com nosso adversário, não quer apenas evitar as discórdias na vida presente, mas também evitar que elas se perpetuem nas existências futuras. Não sairás de lá, disse ele, enquanto não pagares o último ceitil, ou seja até que a justiça divina esteja completamente satisfeita (ESE, cap. X, ítem 6).
QUESTIONÁRIO
A - A ESCOLHA DAS PROVAS
1 - Pode o Espírito escolher provas muito rudes e uma existência repleta de percalços, a fim de apressar a sua evolução?
2 - O Espírito pode enganar-se quanto à eficácia da prova escolhida?
3 - Todos os Espíritos têm livre-arbítrio na escolha de suas provas?
B - RELAÇÕES DE ALÉM TÚMULO - RELAÇÕES SIMPÁTICAS E ANTIPÁTICAS
1 - Como se constituem os agrupamentos no plano espiritual?
2 - Há livre acesso dos Espíritos a todos lugares? Explicar
3 - Como os Espíritos se reconhecemna Espiritualidade?
C - RECONCILIAR-SE COM SEUS ADVERSÁRIOS
1 - Quais são os motivos para se ter indulgência com os inimigos?
2 - Como se pode apaziguar os Espíritos vingativos?
3 - Qual a causa da maioria dos casos de obsessão?